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Augs Machado
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Sexta-feira, uma fita de Möbius invertida

De maneira muito resumida, Pereira (2020, p. 3-4) descreve as principais fases da pesquisa sobre IA em quatro partes, são elas:

Modelagem de Neurônios Artificiais (1943-1950): momento no qual as pesquisas eram voltadas para desenvolvimento de neurônios artificiais, ou seja, focando em criar máquinas capazes de aprender.

O Grande Entusiasmo (1951-1969): chamado assim devido a onda de entusiasmo que se seguiu as inúmeras descobertas feitas no período, como os primeiros programas capazes de jogar xadrez, provar teoremas lógicos [2], imitar o racicínio humano, planejar tarefas, comunicar-se em linguagem natural, aprender por analogias e análise de estruturas moleculares. Um outro fator de entusiasmo no período foi a dissociação da imagem do computador de uma máquina de calcular para uma ferramenta poderosíssima.

Exponencial de Complexidade Computacional (1970-1980) se dá no fato de que na medida que problemas iam sendo resolvidos utilizando IA, outros mais complexos eram experimentados [3]. Entretanto, os grandes limitantes para um avanço exponecial eram: armazenamento de dados e tempo de processamento. Mesmo com constantes esforços para solucionar estes limitantes, o avanço era lento, algo que foi provado com a Teoria da Complexidade Computacional [4]. Segundo Pereira (2020, p.3), a solução desses problemas complexos não dependia apenas da memória adicional ou de processadores mais rápidos, por isso muitas das expectativas foram frutradas.

Inferências (1981 - presente): em 1981, com o anúncio japonês de um computador de quinta geração utilizando PROLOG como linguagem de máquina e capaz de realizar milhões de inferências por segundo, reacendeu as pesquisas norte-americanas e europeias, pois temiam que ocorre-se uma supremacia japonesa em pesquisa e desenvolvimento de IA.

Atualmente, a inteligência artificial é encontrada em diversos setores e produtos, como câmeras de smartphones, assistentes virtuais, robótica, mineração de dados, manufatura, visão, jogos eletrônicos, processamento de linguagem natural, otimização de processos, reconhecimento facial, em sua geladeira e em toda a saga dos Vingadores [5].

Até este ponto vimos o quão especial é área de Inteligência Artificial, o que isso significa, como entendemos inteligência, a história dela. No entanto, como abordamos inteligência artificial? Do que ela ainda é capaz? O que podemos esperar? As respostas nós encontraremos amanhã, na última parte do resumo de Introdução à Inteligência Artificial de Silvio do Lago Pereira.

Referências
[1] Pereira, Silvio do Lago. Introdução à Inteligência Artificial. Disponível em https://www.ime.usp.br/~slago/IA-introducao.pdf. Acesso em: 17 fev. 2020

[2] Leia mais sobre as Leis da Lógica Formal em https://medium.com/@sir.relsen/introdu%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-l%C3%B3gica-formal-14771da340d.

[3] Leia mais sobre Problemas Complexos em http://www.inf.ufpr.br/vignatti/courses/ci165/23.pdf.

[4] Leia mais sobre a Teoria da Complexidade Computacional em http://rmct.ime.eb.br/arquivos/RMCT_1_tri_1987/teoria_complex_comput.pdf.

[5] Achava mesmo que o Thanos seria vencido sem inteligência artificial? Veja isso https://youtu.be/bvWXCdnd7l0.

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