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Lucas Cavalcante
Lucas Cavalcante

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Trabalho remoto no exterior #3 - Speaking English

Olá, esse é o terceiro post da série "Trabalho Remoto" (leia o primeiro e o segundo aqui e aqui respectivamente), e hoje vou compartilhar minha experiência com o aprendizado do inglês.

Como 95% dos brasileiros da minha geração, eu não aprendi inglês na minha infância/adolescência. O ensino de idiomas no currículo escolar obrigatório sempre foi precário (verbo to be ad eternum), e as escolas de idiomas sempre foram caríssimas.

Na vida adulta ainda demorei para "acordar" e começar a estudar inglês. Só comecei a fazê-lo depois dos 30.

No desespero de aprender, ainda cheguei a fazer UMA ÚNICA aula em uma escola de idiomas. Quando a professora começou a aula pedindo para todo mundo repetir em voz alta "How are you?" e "I'm fine, thanks" umas 200 vezes, já percebi imediatamente que estava no lugar errado. Terminei a aula e já fui pedindo o cancelamento na recepção.

Então, vou listar abaixo o caminho que eu trilhei e que PARA MIM deu certo. Imagino que cada um vá se adaptar melhor a um determinado formato para seu estilo de aprendizado.

  • Aulas Particulares: quando eu era bem newbie ainda, procurei um professor particular pois ele poderia adaptar o formato da aula à minha necessidade. Peguei a indicação com um amigo que passou um tempo no Canadá, e antes de ir fez aulas com esse professor. Indico bastante, pois nas primeiras aulas além de entender sua motivação, ele vai vendo o seu nível, e sempre tenta arrancar mais do que você pode dar. Às vezes desmotiva, parece que você não está evoluindo, mas é exatamente o contrário. Caso você tenha interesse, manda mensagem que eu indico com o maior prazer. (ele é de Fortaleza, mas dá aulas por Skype também)

  • Duolingo: como a maioria das pessoas, depois de um tempo fazendo as aulas, e achando que já tinha um nível bom o suficiente, parei com as mesmas. E nisso fiquei alguns anos estudando por conta própria (Youtube, livros, música, comunidades, etc), mas como não havia uma metodologia envolvida, era sempre muito desordenado meu aprendizado. O que me ajudou a manter um contato diário com o idioma e não esquecer coisas importante foi o aplicativo Duolingo. Ele é totalmente gratuito e tem uma estratégia de gamificação que realmente te vicia. Com ele, você treina reading, writing, listening e speaking. Além de ter um fórum para perguntar e responder a outros usuários.

  • Cambly: é uma plataforma para aprendizado do inglês com falantes nativos do idioma. Foi aqui onde realmente consegui "desbloquear" meu inglês. No começo é difícil, admito. Você pensa em desistir algumas vezes. A minha estratégia inicial foi agendar professores que também falassem português, pois se eu travasse, teria uma válvula de escape. Depois que peguei um pouco mais de confiança fui conversando com outros professores e, aos poucos, fui agendando com professores que só falavam inglês. Eu havia assinado o pacote de 1 ano, mas só fiz regularmente aulas durante 6 meses. Depois desse período fazia apenas aulas esporádicas.

Existem outras plataformas similares ao Cambly (iTalki, Verbling), mas na época peguei um cupom de 50% de desconto e ficou fácil decidir. :)

Depois disso, já fiz diversas entrevistas em inglês. Não sou fluente, e acho que só é fluente quem mora fora um tempo, mas falo o suficiente para manter uma conversação. E até hoje me engancho no phrasal verbs, mas isso não evita que eu consiga me comunicar.

Hoje trabalho alocado em uma empresa em Austin (ô sotaque carregado desse povo do Texas), e isso me ajuda ainda mais a ir corrigindo meu erros.

Top comments (7)

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Odilon Jonathan Kröger

Estou na fase de fazer aulas no Cambly agora.
Muito bacana essa série! Obrigado por compartilhar o conhecimento, Lucas.

Pra mim fica sempre aquela dúvida: "será que meu inglês já está bom?".
Você chegou a pegar aquelas entrevistas em que o editor de texto é compartilhado, para tanto entrevistador como entrevistado irem escrevendo código na hora pra fazer algoritmos e tal?

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Lucas Cavalcante

Olá, Odilon!

Obrigado pelo seu comentário.

Então, fiz uma vez apenas o "live coding" (não sei se tem algum termo em português para isso). Ne época foi uma entrevista para ir para o Canadá. Como eu já tinha feito uma entrevista presencial com eles (eles vieram para um evento em SP), nessa segunda fase online não fiquei tão nervoso. Mas, claro, a gente comete uns erros bobos que não cometeríamos geralmente.

Quanto à sua dúvida do "será que meu inglês já está bom?" você só saberá tentando. Comece a mandar seu CV para muitas vagas (mesmo que possivelmente você não tenha interesse) apenas com o intuito de avaliar o seu nível. Fiz entrevistas para Áustria e Alemanha sem ter um real interesse de me mudar para lá.

Boa sorte!

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Odilon Jonathan Kröger

Gostei das dicas! Muito obrigado Lucas :D

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Fernando Nogueira

Excelente conteúdo! Como faço para pegar a indicação dessa professora ?

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Lucas Cavalcante

Por onde posso te mandar uma mensagem privada? (para não expor o perfil do professor publicamente)

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Fernando Nogueira

Te mandei uma msg no teu linkedin.

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Guilherme Camargo

Muito massa mano, obrigado pelas dicas.