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Adriana Ferreira Lima Shikasho
Adriana Ferreira Lima Shikasho

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[pt-BR] Migração e Implementação de Cloud - #2

Agora que já conhecemos a cultura devOps, as vantagens da computação em nuvem em relação ao ambiente on-premise e vimos um pouco dos modelos de serviços em nuvem - Iaas, Saas e Paas - vamos aprender mais 3 tópicos referentes a cloud:

  1. Migração para serviços de Cloud:

    • Re-host
    • Re-platform
    • Re-factor
    • Re-purchase
    • Retire
    • Retain
  2. Modelos de Implantação de Cloud:

    • Nuvem Pública
    • Nuvem Privada
    • Nuvem Híbrida
  3. Ambientes Single-Cloud X Multi-Cloud


Esse conteúdo foi baseado na Aula 1 de Infraestructure e Cloud Computing da pós-graduação de MBA em Desenvolvimento FullStack da Impacta.


1. Migração para serviços de Cloud

Vamos usar como exemplo a Amazon que com a AWS se tornou o primeiro player de nuvem do mercado. A AWS presta consultoria para que clientes migrem seus sistemas para a nuvem oferecendo 6 tipos de migração, também chamados de Jornada de Cloud:

Re-host

Ambiente Iaas. É a porta de entrada para o ambiente em nuvem, tecnicamente a migração mais simples pois do jeito que está no ambiente on-premise vai pra nuvem.

Por exemplo, as mesmas 5 máquinas virtuais vao ser colocadas no ambiente em nuvem, testadas, ver se tudo está funcionando e pronto. Não se aproveita todo o desempenho da nuvem pois foi feita uma migração bem básica.

As aplicações que rodam no ambiente que sofreram re-host são classificadas como Cloud Enabled, pois não foram feitas para rodar em nuvem, mas foram portadas para um ambiente em nuvem.

Re-platform

Ambiente Iaas + Paas. É o segundo step caso a empresa esteja interessada em trazer mais recursos para a nuvem. Ou seja, além das máquinas virtuais estarem na AWS, agora a empresa contrata algumas ferramentas para processamento, rede, desenvolvimento, banco de dados, etc e outros serviços.

As aplicações que sofreram re-platform são classificadas como Cloud Based, pois houveram modificações no sistema feito fora da nuvem, para rodar em nuvem.

Re-factor

Ambiente Iaas + Paas + Saas. Quando não vale a pena migrar um ou mais sistemas já existentes da empresa, então são feitos novos sistemas já seguindo o modelo em nuvem (Microserviços, Conteinerização, Serveless). É a migração mais complexa e permite o uso e nuvem em sua total capacidade.

As aplicações que sofreram re-factor são classificadas como Cloud Native pois foram feitas para o ambiente em nuvem.

Re-purchase

Quando não vale a pena migrar os sistemas já existentes na empresa, e também não serão desenvolvidos novos sistemas, então a empresa compra sistemas Saas por exemplo do provedor de nuvem.

Retire

Quando determinado sistema não vai migrar para nuvem e não será mais utilizado, é a aposentadoria do sistema, ele não é mais útil para a empresa.

Retain

Quando determinado sistema não vai ser migrado para a nuvem, e fica no ambiente on-premise.


2. Modelos de Implantação de Nuvem

Quando uma empresa planeja sua estratégia de cloud, ela pode optar por 3 modelos de implantação, sendo Nuvem Pública, Nuvem Privada e Nuvem Híbrida.

Como sempre, cada modelo tem vantagens e desvantagens, e a escolha depende muito da estratégia da empresa. Vamos ver um pouco de cada um desses modelos.

Nuvem Pública

Atualmente, o modelo de nuvem pública é a maneira mais comum de implantar a computação em nuvem, sendo o mais utilizado por empresas do mundo todo.

O provedor tem servidores próprios para alocar dados, softwares e sistemas de forma independente e isolada.

A Nuvem pública é basicamente uma nuvem aberta para qualquer pessoa ou empresa. AWS, GCP, Azure são alguns exemplos de provedores de nuvem pública.

Nuvem Privada

É basicamente um ambiente em nuvem oferecido por algum provedor, mas sua instalação é feita dentro do servidor on-premise da empresa.

Cada empresa pode personalizar seus recursos de modo a atender suas necessidades específicas, utilizando seus próprios hardwares.

As nuvens privadas geralmente são usadas por órgãos governamentais, instituições financeiras e outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, que buscam melhorar o controle sobre seu ambiente.

Entretanto, esse é um serviço que aos poucos está sendo descontinuado por acabar trazendo mais problemas do que benefícios. Por exemplo, a elasticidade e região da nuvem privada pode ser limitada ao tamanho e localização única do data center da empresa.

Nuvem Híbrida

A nuvem híbrida mescla os outros dois modelos, tendo características tanto da nuvem pública quanto da privada. Isso permite que as empresas aproveitem as vantagens das duas opções ao mesmo tempo.

Para saber mais detalhes sobre os modelos de implantação, o site da Azure tem um bom resumo. Veja aqui.


3. Ambientes Single-Cloud X Multi-Cloud

Image description

Um ambiente único de Cloud (Single-Cloud) se caracteriza pela utilização de um único provedor para todos os serviços e aplicações da sua organização.

Em contrapartida, um ambiente Multicloud é aquele em que a empresa usa os serviços de vários provedores de nuvem.

O Multicloud é o mais indicado para evitar o "vendor lock-in" (aprisionamento tecnológico), que é uma forma do provedor manter o cliente "aprisionado" e dependente de determinada particularidade em produtos, e os impede de trocar de fornecedor sem custos adicionais substanciais.

Boas práticas para evitar o Vendor Lock-in

  • Tecnologias open-source
  • Conteinerização
  • Portabilidade e interoperabilidade
  • Infraestrutura como código
  • Plano estratégico para migração
  • Ambiente multicloud
  • Treinamento interno

Continua na parte 3 👉🏼 clique aqui


Referências:
https://www.softwareone.com/pt-br/blog/artigos/2020/01/22/multicloud-softwareone

https://azure.microsoft.com/pt-br/overview/what-are-private-public-hybrid-clouds/#overview

https://pt.wikipedia.org/wiki/Aprisionamento_tecnol%C3%B3gico

Top comments (2)

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jrsmarcilio profile image
Marcílio Júnior

No aguardo da pt2 :)

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joaovictorino profile image
João Victorino

Adorei o resumo, aguardando a parte 2 também!!!