No cenário contemporâneo de transformação tecnológica, fica inegável a grande pressão por equipamentos, cada vez mais modernos e potentes. Entretanto, o contraste entre a realidade das empresas e esses avanços destoam significativamente do ideal. Fundamentado, principalmente, pelos custos elevados associados à tecnologias de ponta, chegamos a um bom questionamento: Há realmente uma necessidade imperativa que nos leve sempre à atulizações constantes?
Na avaliação dessa discussão é essencial ponderamos os significativos ganhos com a atualização digital. Competitividade, eficiência e produtividade são resultados esperados e já vistos em inovações já implementadas. Porém, é sempre benéfico equacionar entre os custos envolvidos e seus benefícios. A obra de Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee ( 2014 ), A Segunda era das máquinas, nos faz refletir se a transformação digital está realmente alinhada estrategicamente com os objetivos organizacionais. Essa regulação poderá garantir um impacto positivo mais relevante nas estruturas de uma instituição.
Se faz necessário também compreender os impactos que modernizações recorrentes podem gerar. Analisar o tempo de adaptação dos colaboradores, bem como os recursos necessários para novos treinamentos vai além de análises meramente financeiras. Um ambiente de constantes transformações pode ocasionar em uma resistência à mudança, impactando diretamente na eficácia de sua implementação. Por isso fatores como: capacidade de agragar valor, suporte técnico apropriado e a compatibilidade com os sistemas existentes devem ser observados antes de qualquer alteração mais drástica.
Clayton M. Christensen em seu livro, O Dilema da Inovação: Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso esclarece que, em alguns cenários, a inovação através da utilização de incrementações pode se tornar mais eficaz do que modernizações mais radicais. A ideia é trazer uma transição mais suave para minimizar os riscos associados à qualquer mudança.
Em resumo, uma abordagem em que seja incorporada, não só demandas dos usuários, mas também avaliações contínuas dos ganhos efetivos, seus custos financeiros e sociais, se torna primordial para modular um futuro onde a corrida desenfreada para conquistar a última tecnologia disponível não influencie na sustentabilidade das corporações. A inovação deve sempre vir com uma reflexão criteriosa sobre o que realmente é indispensável para uma organização prosperar.
Referências bibliográficas:
Brynjolfsson, E., & McAfee, A. (2014). "A Segunda Era das Máquinas: Trabalho, Progresso e Prosperidade em uma Época de Tecnologias Brilhantes." Editora Alta Books.
Christensen, C. M. (1997).O Dilema da Inovação: Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso.
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