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Endrigo G Ferreira
Endrigo G Ferreira

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Um Resumo dos Métodos de Avaliação de IHC visando UX

Introdução

IHC, ou Interação Homem-Computador, é uma área de estudo que analisa a interação das pessoas sobre os sistemas computacionais, sendo que interação é qualquer ação feita por um usuário ao computador.

A avaliação de IHC é uma atividade fundamental que visa avaliar a qualidade de uso e a identificar problemas nessa interação que prejudiquem a ação pretendida, sendo possível corrigir os problemas relacionados com a qualidade de uso antes que o sistema chegue ao público.

Em IHC identificamos quais ações devem ser feita e como. Já em UX identificamos também a forma mais prazerosa de fazer.

UX – User Experience

UX, User Experience, ou Experiência do Usuário, é a maneira como as pessoas enxergam e usam um determinado produto ou serviço, ou seja, as percepções e respostas, positivas e negativas, de uma pessoa ao usá-los.

Mas experiência é algo subjetivo, pois cada pessoa tem expectativas diferentes ao usar um produto, ou serviço, não sendo possível prever como todos irão reagir. Pensando nisso, o UX Designer deve conhecer bem os usuários para projetar visando promover uma boa experiência de uso baseado nesses aspectos subjetivos. Sendo assim, UX consistem em tornar os produtos ou serviços mais fáceis de usar, aumentando a usabilidade deles, garantindo que seja o mais agradável possível.

Métodos de Avaliação em IHC

Em IHC temos as avaliações por inspeção, como a avaliação heurística, percurso cognitivo e inspeção semiótica, e as avaliações por observação, como o teste de usabilidade, a avaliação de comunicabilidade e a prototipação em papel.

Na avaliação heurística temos uma análise técnica de mais de 240 problemas ligados a usabilidade e devem ser analisadas por pessoas com conhecimento técnico nesses problemas, ou seja, ela orienta os avaliadores a inspecionar o sistema atrás desses problemas. No percurso cognitivo o avaliador verifica se cada interação com a interface resulta na ação desejada. E na inspeção semiótica , o avaliador deve se colocar no lugar do usuário, tentando identificar o que o usuário deseja fazer, como e por quê. A avaliação de comunicabilidade é baseada na visão semiótica do avaliador, ou seja, o usuário deve interagir com o sistema e o avaliador vai analisar o comportamento para identificar dificuldades do usuário. Já a prototipação em papel avalia a usabilidade através de rascunhos no papel, assim o usuário vai verificar se esse rascunho exemplifica o que deseja que o sistema faça, mas sem definir detalhadamente como fazer, não tendo como foco melhorar a usabilidade.

Já o teste de usabilidade é feito por alguns usuário definidos pelos avaliadores. Baseados no objetivo da avaliação, alguns critérios são definidos em tarefas, pelo avaliador, para analisar o comportamento desses usuários. Enquanto os usuários realizam essas tarefas os avaliadores observam e anotam os dados obtidos. Depois analisam os resultados para determinar se os critérios foram atingidos. Os critérios podem ser os mais variados possíveis, tanto quantitativos, como verificar quantos usuários conseguiram concluir ou em quanto tempo, como qualitativos, como o por quê algum usuário não conseguiu concluir ou teve dificuldade.

Usabilidade e UX

A forma como um usuário interage com o sistema de forma eficaz para alcançar seus objetivos é um dos critérios mais considerados para definir a qualidade de uso, inclusive, qualidade de uso chega a ser sinônimo de usabilidade.

Mas usabilidade não é o suficiente para definir a qualidade de um produto, ou serviço. Ele deve ser fácil e agradável de usar. Enquanto IHC define sua utilidade, UX melhora seu prazer.

A maioria das pessoas acredita que User Experience é somente encontrar a melhor solução para os seus usuários – mas não é. UX se trata sobre definir o problema que precisa ser resolvido (o porquê), definir para quem esse problema precisa ser resolvido (o quem), e definir o caminho que deve ser percorrido para resolvê-lo (o como). – Whitney Hess.

Todos os métodos de avaliação em IHC prevem uma avaliação de usabilidade por diversas óticas. A maioria pela ótica de avaliadores técnicos. Mesmo a avaliação heurística fazendo um papel importante em UX, já que define um checklist do que funciona ou não, somente o teste de usabilidade é decisivo para UX, pois é nessa avaliação que o usuário encontra particularidades da interface que podem atrapalhar ou melhorar o uso. UX preconiza que devemos simplificar as informações e apresentá-la no momento que o usuário precisa dela. Ou seja, para melhorar a usabilidade devemos simplificar o seu uso, dando ao usuário somente a opção que ele precisa. Informações demais ou opções demais atrapalham o uso.

Bibliografia

PEREIRA, R. User Experience Design – Como criar produtos digitais com foco nas pessoas. Casa do Código.

TEIXEIRA, F. Introdução e boas práticas em UX Design. Casa do código.

BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. S. Interação Humano-Computador. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. S.; SILVEIRA, M. S.; GASPARINI, I.; DARIN, T.; BARBOSA, G. D. J. Interação Humano-Computador e Experiência do Usuário. 2021. E-book. Disponível em: https://leanpub.com/ihc-ux
Acesso em: 17 abr. 2021.

SABADIN, N. M. Interação humano-computador. UNIASSELVI, 2016.

CAELUM. UX e Usabilidade Aplicados em Mobile e Web. Apostila. Disponível em https://www.caelum.com.br/apostila-ux-usabilidade-mobile-web/
Acesso em: 23 jan 2019.

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