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React e Redux e gestão de estado em 2021

OBS: Este artigo está desatualizado, uma versão mais refinada encontra-se no meu wannabe blog https://github.com/wkrueger/wkrueger.github.io/blob/master/md/2021-04-redux-state-mgmt/index.md

Uma revisão de porquê e como usar o Redux moderno.

Alguns anos se passaram, o Typescript se popularizou e o Redux tornou-se de uso mais palatável com a introdução do redux-toolkit. O intuito aqui é passar uma revisão (/opinião) de porque o Redux é necessário e como usá-lo, além de passar pontos geralmente ausentes em outros guias.

Sobre o alvo

Embora eu passe conceitos introdutórios, não vou entrar muito neles, pois não pretendo me estender muito. A leitura pode ser complementada com a consulta na documentação do redux, react-redux e redux-toolkit.

Como os dados trafegam entre componentes?

A divisão da interface de usuário em componentes implica a necessidade de tráfego de informação entre estes. Existem 2 principais formas de tráfego de dados.

Props

Props dataflow

Props são portas de entrada (e saída) de dados de um componente.

O fluxo ocorre entre um componente e seu pai direto. Para que um componente acesse estado presente em um pai indireto (o pai do pai) via props, o dado tem que trafegar pelo componente intermediário. É como se fosse uma autoestrada passando no meio de uma cidade.

Abaixo exemplos em código representando a imagem acima:

React:

function ComponentWithState() {
  const [productInfo, setProductInfo] = useState('Product')
  return <Intermediary 
    productInfo={productInfo}
    productInfoChange={ev => setProductInfo(ev.target.value)}
  />
}

function Intermediary({ productInfo, productInfoChange }) {
  return <ChildDesiresData
    productInfo={productInfo}
    productInfoChange={productInfoChange}
  />
}

function ChildDesiresData({ productInfo, productInfoChange}) {
  return <input
    type="text"
    value={productInfo}
    onChange={productInfoChange}
  />
}
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Injeção de dependências / estado contextual

DI Dataflow

A comunicação entre o dono do estado e o consumidor é realizada por intermédio de um "portal de dados" (termo livre). Com isso, o dado não precisa trafegar em componentes intermediários.

  • O filho, consumidor, se registra para receber dados do "Portal";
  • O detentor do estado se registra para fornecer dados ao "Portal";

No React este "portal" é representado pelo tipo Context. O portal de entrada é o context.Provider, o portal de saída é o hook useContext() (ou o componente context.Consumer).

const thePortal = createContext(null)

function ComponentWithState() {
  const [productInfo, setProductInfo] = useState('Product')
  const payload = {
    productInfo,
    productInfoChange: ev => setProductInfo(ev.target.value)
  }
  // entrada -->
  return <thePortal.Provider value={payload}>
    <Intermediary />
  </thePortal>;
}

function Intermediary() {
  return <div>
    <p>I am intermediary.</p>
    <ChildDesiresData/>
  </div>
}

function ChildDesiresData() {
  // saída <--
  const { productInfo, productInfoChange } = useContext(thePortal)
  return <input
    type="text"
    value={productInfo}
    onChange={productInfoChange}
  />
}
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Quando usar props ou estado contextual?

O caso de uso comum para props são componentes reutilizáveis. Componentes que possuirão múltiplas instâncias no documento.

  • Componentes do sistema de design. Ex: Botão, Bloco, Select, Tabela...
  • Componentes que serão repetidos em um loop. Ex: Card de Pessoa, Linha de Tabela;

Se o componente não é reutilizado, é interessante acessar os dados via contexto.

  • Digamos que temos um grande formulário de CRUD, que se colocado todo em um único componente, daria um arquivo com 3000 linhas;
  • De modo a separar as responsabilidades e organizar o desenvolvimento, esta grande formulário é dividido em muitos componentes menores, com poucas linhas, em múltiplos níveis de aninhamento;
  • Estes componentes filhos requisitam todos do mesmo componente "pai", que fica na raiz da estrutura. O pai guarda o estado do CRUD e controla suas modificações;
  • Um componente pode simultaneamente requisitar dados de diferentes "portais" DI.

DI samples

É um erro comum usar-se mais Props do que deveria. Vamos enfatizar melhor, se o componente não é reutilizável, ele deveria estar obtendo suas fontes via dado contextual.

Onde mora o estado de uma aplicação

O estado é atrelado a componentes. Posiciona-se o estado em um componente pai ou filho dependendo da visibilidade desejada.

  • Uma peça de estado é geralmente visível (*) aos componentes filho, privada aos componentes pais.

Embora próprio guia do React recomende que você "mova estado para cima", em determinados casos você quer que ele fique "embaixo". Posiciona-se o estado no componente filho quando não interessa ao componente pai saber de sua existência. É tipo como se fosse uma propriedade private.

Exemplo:

function Host() {
  const [value] = useState(2)
  // ...
  return <Autocomplete 
    value={value}
    onChange={handleChange}
    queryOptions={...}
  />
}

function Autocomplete(
  props: { value, onChange, queryOptions: (...) => Promise<Option[]> }
) {
  const [inputText, setInputText] = useState('')
  const [currentOptions, setCurrentOptions] = useState([] as Option[])
  // controla internamente a lista de opções de acordo com os eventos
  // ...
  return <div>
    <InputText value={inputText} onChange={handleTextChange}/>
    <PopperList list={currentOptions}/>
  </div>
}
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No exemplo acima

  • Não interessa ao pai de um componente de Autocomplete saber do conteúdo que o usuário está digitando na caixa de texto (inputText, currentOptions). Interessa a ele apenas o id da opção selecionada;
  • Desta forma, o ID selecionado não é armazenado no estado do Autocomplete, mas entra via props; Já o valor da caixa de texto é armazenado como estado no autocomplete, tornando-se assim privado ao componente pai;

Redux

É prática recomendada o uso do Redux para armazenar e trafegar dados contextuais (ao invés do Context). No Redux moderno, utilizamos a biblioteca @reduxjs/tookit, quer trás alguns padrões e facilidades.

O que é, como funciona?

A classe abaixo é um container de estado. Ela possui dados e funções (métodos) para a sua alteração;

class StateContainer {
  // estado
  readonly addresses: Address[] = []
  // função
  addAddress(address: Address) { }
}

const instance = new StateContainer()
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  • O Redux também é um container de estado como a classe acima; No exemplo abaixo temos um container redux com propriedades similares;
const slice = createSlice({
  name: 'main',
  initialState: {
    // estado
    adresses: [] as Address[]
  },
  reducers: {
    // função
    addAddress(state, payload: Address) {
      state.addresses.push(payload) // immer
    },
  },
});

const store = configureStore({
  reducer: slice.reducer,
});
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  • O isolamento do estado e de sua manipulação fora dos componentes auxilia na organização de código e escrita de testes;

  • As funções do container do Redux (addAddress) são invocadas via passagem de mensagens;

// plain class - direct call
instance.addAddress(address)
// redux store - message passing
const action = slice.actions.addAddress(address) // { type: 'addAddress', payload: '...' }
store.dispatch(action);
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  • A característica passagem de mensagens permite a adição de middlewares a chamadas de função, ("chain of responsability");
  • Funções do redux (reducers) não podem fazer mutações no estado anterior. Retorna-se um novo objeto imutavelmente criado a partir do estado anterior; Isso segue a necessidade do React de termos alterações de estado imutáveis (dentre outras razões);
  • O redux-toolkit embute a biblioteca immer em suas APIs de reducer. O immer "cria o próximo estado imutável a partir da mutação do atual". Se você retornar undefined em um reducer, o tookit entenderá que você quer usar o immer. Neste caso, você pode fazer mutações à vontade, apenas não retorne nada no reducer.

react-redux

É a biblioteca que integra o Redux ao React (duh);

Principais APIs:

  • <Provider store={store}>

Passa a store redux no "portal de entrada" do react-redux. Usado na raiz da aplicação. As demais APIs do react-redux exigem e consomem desse portal.

  • useSelector(selector)

Lê algo da store e passa para o componente. O parâmetro passado para a função é chamado de seletor.

Abaixo um caso de uso correto, e um errado:

// exemplo correto
function Component() {
  const person = useSelector(storeState => storeState.card?.person)
  return <Person person={person} />
}

// uso errado
function Component() {
  const person = useSelector(storeState => storeState).card?.person
  return <Person person={person} />
}
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O que muda do exemplo correto pro exemplo errado? Embora em ambos os casos os componentes recebam os dados desejados, no segundo caso o componente fará re-render para qualquer alteração da store. No primeiro caso, apenas quando o dado relevante for alterado.

A sacada aqui então é que o useSelector() permite melhorar a performance da aplicação reduzindo renders desnecessários.

Note que se meramente usássemos a API Context para trazer dados, como foi feito no exemplo lá em cima, teríamos um problema similar ao do "uso errado": Todos os consumidores do contexto dariam re-render para qualquer alteração do valor:

// não ideal também!
function ChildDesiresData() {
  const { productInfo, productInfoChange } = useContext(thePortal)
  return <input
    type="text"
    value={productInfo}
    onChange={productInfoChange}
  />
}
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O uso de Context sozinho não é performático, teríamos que implementar um mecanismo de seletores para torná-lo mais eficiente. O react-redux já trás isso.

  • useDispatch()

As funções do nosso container de estado são chamadas pelo useDispatch.

function Component() {
  const dispatch = useDispatch()
  return <button onClick={() => dispatch(incrementAction())}>
}
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reselect

O reselect é utilizado para trabalharmos com "dados derivados". É uma biblioteca que faz composição de seletores, memoizando seus resultados.

import { createSelector, useSelector } from '@reduxjs/toolkit'

const selectPerson = state => state.person;

function calculateHash(person) {
  // some complex calc...
}

const selectPersonHash = createSelector(
  [selectPerson],
  person => calculateHash(person)
)

function Component() {
  const personHash = useSelector(selectPersonHash)
}
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No exemplo acima a função calculateHash é computacionalmente intensiva.

Quando Component renderiza, o selectPersonHash retorna uma versão memoizada do hash. O hash só é recalculado quando person muda.

Infelizmente não dá pra usar seletores memoizados pra retornar Promises, pois quando a Promise finaliza isto não ativará num novo render.

Estado global

O Redux quer que você armazene o estado em uma única store global. Você até pode criar múltiplas stores e amarrá-las a componentes mas isto não é recomendado e deve ser usado apenas em casos raros.

State Design

Embora você tenha liberade para desenhar o seu estado como quiser, o Redux sugere que você o divida via slices. Na imagem acima temos um exemplo de uma estrutura de projeto e de seu estado global correspondente.

Embora as páginas (Person, Company...) só possam existir 1 por vez, na estrutura do Redux sugerida cada uma delas possui um slot no objeto. Devemos prestar atenção para que o Redux limpe o estado das páginas não abertas, caso contrário teremos bugs;

Correto:

{
  "personPage": { },
  "companyPage": null,
  "invoicePage": null,
  "productPage": null,
}
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Errado:

{
  "personPage": { },
  "companyPage": { },
  "invoicePage": { },
  "productPage": null,
}
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Uma forma de atingirmos isso é pelo hook useEffect(). Solicite a limpeza do slice relacionado quando o componente for desmontado.

function PersonPage() {
  const dispatch = useDispatch()
  const person = useSelector(state => state.personPage)
  useEffect(() => {
    dispatch(initPersonPage())
    return () => {
      dispatch(unmountPersonPage())
    }
  }, [])

  if (!person) return <Loading/>
  return <Something person={person}/>
}
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Construindo o estado

Existem infinitas maneiras de construirmos e manipularmos o estado no redux, e isto é um problema. Para que a comunidade siga um padrão e para que o desenvolvedor tenha um norte, o @reduxjs/toolkit expõe práticas recomendadas na forma de APIs.

ah sht

Aqui vai um bloco de código grande. Declaramos todo o esqueleto base de uma aplicação. Leia os comentários!

import { configureStore, createSlice } from "@reduxjs/toolkit"
import { Provider, useDispatch, useSelector } from "react-redux"
import { useEffect } from "react"
import { BrowserRouter, Switch, Route } from 'react-router-dom'

/**
 * -- Person slice
 */

interface PersonPageState {}

/**
 * Criamos aqui um bloco de estado para a página "person".
 * Esta definição é encapsulada, não definimos ainda ONDE 
 * este estado vai morar. 
 */
const personPageSlice = createSlice({
  /**
   * este "nome" determina um prefixo a ser adicionado às
   * mensagens das ações.
   * Por ex: o reducer "init" vai gerar uma mensagem com nome 
   * "personPage/init"
   */
  name: "personPage",
  /**
   * deixamos claro que o estado inicial pode ser TAMBÉM nulo, 
   * pois a página pode não estar aberta, ou não estar
   * inicializada.
   * Mas não APENAS nulo. É necessário um cast para que o 
   * typescript entenda todas as possibilidades que esse estado
   * abriga.
   */
  initialState: null as null | PersonPageState,
  reducers: {
    init: (state) => {
      // do something...
      return {}
    },
    unmount: (state) => null,
  },
})

/**
 * -- Product slice
 */

interface ProductPageState {}

const productPageSlice = createSlice({
  name: "productPage",
  initialState: null as null | ProductPageState,
  reducers: {
    init: (state) => {
      // do something...
      return {}
    },
    unmount: (state) => null,
  },
})

/**
 * -- Building the store
 */

const store = configureStore({
  /**
   * aqui definimos onde cada "slice" declarado acima vai morar no
   * estado global
   */
  reducer: {
    personPage: personPageSlice.reducer,
    productPage: productPageSlice.reducer,
  },
  devTools: true,
})

/**
 * -- Wire up redux and TS.
 */

/** 
 * O TS inicialmente não sabe qual é o tipo da sua store. Abaixo segue
 * uma forma recomendada de informá-lo, presente na documentação do redux-toolkit.
 */

type RootState = ReturnType<typeof store.getState>
type AppDispatch = typeof store.dispatch
const useAppDispatch = () => useDispatch<AppDispatch>()

declare module "react-redux" {
  // allow `useSelector` to recognize our app state
  interface DefaultRootState extends RootState {}
}

/**
 * --  Wire up react and redux
 */

function AppRoot() {
  return (
    <BrowserRouter>
      <Provider store={store}>
        <Switch>
          <Route path="/person" component={PersonPage}></Route>
          <Route path="/product" component={ProductPage}></Route>
        </Switch>
      </Provider>
    </BrowserRouter>
  )
}

/**
 * -- Our☭ consumer component
 */

function PersonPage() {
  const dispatch = useAppDispatch()
  const person = useSelector((state) => state.personPage)
  useEffect(() => {
    dispatch(initPersonPage())
    return () => {
      dispatch(personPageSlice.actions.unmount())
    }
  }, [])

  if (!person) return <Loading />
  return <Something person={person} />
}

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Conforme comentamos antes, cada página da aplicação tem o seu estado isolado em um createSlice. Estes estados são então combinados na definição da store redux, configureStore. Estes estados podem ser nulos, pois eles correspondem a instâncias de páginas que podem não existir no momento!

Algumas práticas também são recomendadas para que o typescript possa entender melhor o seu estado e assim realizar melhores validações.

Operações assíncronas

As funções de atualização de estado (reducers) presentes no redux são todas síncronas. Existem inúmeras opiniões de como tratar operações assíncronas no redux (por exemplo: thunks ou sagas). O redux-toolkit sugere o uso do createAsyncThunk. Esta escolha não foi tomada levianamente, então vamos seguí-la!

Uma store redux, por padrão, apenas aceita mensagens na forma de um objeto { type: string, payload: any }. O redux-tookit adiciona a opção de passarmos um thunk, que é uma espécie de função iteradora como a abaixo:

const aThunk = async (dispatch, getState) => {
  const data = await readSomething()
  dispatch(syncAction({ data }))
}
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Porém, como existem mil formas de tratar erros, o simples uso de um thunk acaba sendo uma opção muito "solta", muito baixo nível. Desta forma, é recomendado o uso do createAsyncThunk, o qual:

  • Isola a regra de negócio das regras de tratamento de Promise;
  • Deixa explícito que temos que tratar as alterações de estado da Promise ('idle' | 'pending' | 'succeeded' | 'failed');

Replicarei aqui parte da documentação do createAsyncThunk. O uso básico dele é assim:

const fetchUserById = createAsyncThunk(
  'users/fetchById',
  // if you type your function argument here
  async (userId: number) => {
    const response = await fetch(`https://reqres.in/api/users/${userId}`)
    return (await response.json()) as Returned
  }
)

interface UsersState {
  entities: []
  loading: 'idle' | 'pending' | 'succeeded' | 'failed'
}

const initialState = {
  entities: [],
  loading: 'idle',
} as UsersState

const usersSlice = createSlice({
  name: 'users',
  initialState,
  reducers: {
    // fill in primary logic here
  },
  extraReducers: (builder) => {
    builder.addCase(fetchUserById.pending, (state, action) => {
      // both `state` and `action` are now correctly typed
      // based on the slice state and the `pending` action creator
    })
  },
})
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No asyncThunk apenas tratamos de regra de negócio. No extraReducers pegamos o dado de resposta (ou o erro) e determinamos onde que ele vai ficar no estado.

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