Event Driven Design, ou EDD, é uma abordagem arquitetural que tem ganhado cada vez mais atenção no mundo do desenvolvimento de software. A ideia central do EDD é que um sistema pode ser construído em torno de eventos, que são disparados quando algo acontece no sistema. Esses eventos são então processados por diferentes partes do sistema, que podem tomar decisões com base nos eventos recebidos.
O EDD tem se tornado popular em parte por causa do aumento no uso de microsserviços, e quando se usa microsserviços, é importante ter uma forma eficiente de comunicação entre eles. O EDD fornece uma maneira de fazer isso, pois os eventos podem ser usados como um meio de comunicação entre os diferentes microsserviços.
Ele também é útil em sistemas que precisam responder rapidamente a mudanças. Por exemplo, em um sistema de comércio eletrônico, um evento poderia ser disparado quando um cliente faz uma compra. Esse evento poderia então ser usado para iniciar o processo de envio do pedido, enviar um e-mail de confirmação para o cliente e atualizar o estoque do produto. Isso torna o sistema mais ágil e responsivo às mudanças.
Além disso, pode ser uma boa escolha para sistemas que precisam lidar com muitos eventos simultaneamente. Por exemplo, em um sistema de análise de dados em tempo real, pode haver milhares de eventos sendo gerados a cada segundo. O EDD fornece uma maneira de lidar com esses eventos de forma eficiente e escalável.
Para implementá-lo, é importante ter uma compreensão clara dos eventos que ocorrem no sistema e das ações que devem ser tomadas em resposta a esses eventos. É necessário também definir as fontes dos eventos e os canais pelos quais os eventos serão enviados para o sistema.
É possível implementá-lo usando uma variedade de tecnologias, incluindo bancos de dados de eventos, sistemas de mensageria e plataformas de streaming de dados. Cada tecnologia tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha depende das necessidades específicas do sistema.
Prós do Event Driven Design:
- Escalabilidade: permite a construção de sistemas altamente escaláveis, pois os eventos podem ser processados de forma assíncrona e distribuída entre diferentes partes do sistema.
- Agilidade: torna o sistema mais ágil e responsivo às mudanças, pois cada evento pode desencadear ações específicas em diferentes partes do sistema.
- Desacoplamento: promove o desacoplamento entre os diferentes componentes do sistema, permitindo que eles evoluam de forma independente uns dos outros.
- Resiliência: torna o sistema mais resiliente, pois a falha em um componente não afeta necessariamente o funcionamento de todo o sistema.
- Flexibilidade: permite que diferentes tecnologias sejam usadas para implementar diferentes partes do sistema, desde que elas possam se comunicar usando eventos.
Contras do Event Driven Design:
- Complexidade: a implementação pode ser complexa, pois envolve a definição clara dos eventos e ações que devem ser tomadas em resposta a esses eventos.
- Comunicação Assíncrona: a comunicação assíncrona entre os diferentes componentes do sistema pode tornar mais difícil o controle do fluxo do sistema.
- Overhead: a implementação pode ter algum overhead adicional devido à necessidade de gerenciar eventos e sistemas de mensageria.
- Consistência: pode tornar mais difícil manter a consistência dos dados em todo o sistema, pois os eventos podem ser processados de forma assíncrona em diferentes momentos.
- Experiência: a implementação pode exigir uma experiência maior em arquitetura de software e em tecnologias específicas usadas para implementá-lo.
Em resumo, o Event Driven Design é uma abordagem arquitetural que se concentra no uso de eventos como uma forma de comunicação entre diferentes partes de um sistema. É uma abordagem ágil e escalável, que pode ser usada em sistemas de comércio eletrônico, análise de dados em tempo real e muitas outras aplicações. Implementar o EDD requer uma compreensão clara dos eventos que ocorrem no sistema e das ações que devem ser tomadas em resposta a esses eventos, bem como a escolha da tecnologia adequada para o sistema específico.
Referências:
Bellemare, Adam. Building Event-Driven Microservices. O'Reilly Media.
Top comments (0)