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Ricardo Gouveia
Ricardo Gouveia

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Como a Front-end Week SP 2018 me ensinou que, na edição de 2017, eu fiz tudo errado

Posts sobre a experiência dos participantes da front-end week nunca são demais. Além de participar de eventos incríveis, conhecer pessoas, aprender e se divertir, você ainda tem a chance de ver tudo aquilo de novo sob outra perspectiva.

Eu ainda estou arranjando palavras pra descrever como foi estar junto de um monte de gente que não me acha maluco quando faço piadinha com alinhamento vertical em CSS. Agora, minha dúvida é se sou normal, ou se achei loucos que se parecem comigo.

Para diferenciar um pouco dos outros, eu resolvi fazer o meu relato comparando com o do ano passado, em que eu também vim a front-end week.

All by myself

A foto ruim foi o de menosA foto ruim foi o de menos

Na edição de 2017, eu estava em São Paulo para participar tanto da FEW2017 quanto do CSBC 2017. Eu fui com uma amiga (que não é front-end mas é de computação) e eu estava começando a interagir com a comunidade pelo Twitter.

Os únicos eventos que participei foram o CSS SP meetup e o Front in Sampa. Não tenho do que reclamar de nenhum deles. Só elogios.

Por eu estar no inicio da minha interação da comunidade, eu não conhecia ninguém em especifico para conversar durante os eventos. E isso foi um grande erro: eu fui para um evento (de comunidade) do mesmo jeito que se vai para uma aula.

Conversei rapidamente com algumas pessoas, não fiquei pro after do CSS SP e nem fui pro Code in the Dark (ainda me sinto mal por isso). Assisti tudo bem quieto e voltei pro hotel.

De inicio não foi ruim. Foi a melhor experiência que tive até aquele momento. De certa forma, fiquei maravilhado com tudo. Inclusive com nomes famosos que vi passar perto de mim (não falei com eles também).

E no fim de tudo, voltei pra casa com muita vontade de vir novamente. Inicialmente, fazer tudo (errado) de novo.

Percebe, Ivair?

Bom, obviamente temos um ano de espera entre as edições. E durante esse ano, eu consegui fazer amizades da comunidade, online. Inclusive com algumas pessoas com que eu poderia ter falado naquela oportunidade que passou. Isso começou a me incomodar.

Resolvi contribuir com a edição desse ano. Falei com o Elvis Detona sobre uma proposta de layout para o site. Ele me respondeu e eu comecei a fazer. Eu estava tanto feliz por falar com alguém que admiro quando com medo de fazer código bosta pra um evento onde qualquer pessoa poderia fazer de maneira melhor (minha síndrome do impostor reinou nesse trecho).

Faltando 7 meses para a Front-end Week 2018 eu já tinha comprado meu ingresso para o Front in Sampa. Faltando 4, as passagens já estavam compradas e eu coloquei um contador no computador que indicava quantos dias, horas, minutos e segundos faltavam.

As vantagens de não ser invisível

Eu decidi que faria tudo diferente. Eu ainda não sabia se tinha feito tudo errado. Talvez fazendo tudo diferente as pessoas me achassem um sem noção querendo se enturmar. Mas eu resolvi arriscar para que minha experiência não caísse na mesmísse. O máximo que podia acontecer era eu virar meme.

Agir diferente significava conhecer pessoas. Incentivar elas a ir aos eventos que eu iria. Ir em mais eventos. Ir em todos os after possiveis, e interagir neles. Significava manter contato com pessoas que conheci na ocasião. E, quem sabe, até apresentar algo em algum evento (infelizmente não foi possível).

É bastante coisa pra alguém cujo um dia teve o lema: eu não gosto de gente. Mas se não for pra passar medo de interagir com as pessoas eu nem saio de casa.

Tudo saiu melhor do que eu planejava. Conheci pessoas incríveis e troquei idéia tanto sobre front quanto sobre outros assuntos. Bebi (o que eu geralmente não faço), dividi Uber e aprendi a ir de trem/metrô pra lugares que eu geralmente gastava bastante pra ir de carro.

O valor disso é imensurável. Acho que estamos sempre resignificando o que comunidade significa, mas dessa vez eu mudei totalmente meu conceito. E agora eu posso falar que eu amo essa comunidade!

Faça o que eu digo. E agora, o que eu faço

Esse texto ficou mais direcionado com a minha experiência de 2017. Se você participou da front-end week esse ano e ficou mais na sua, não perca tempo: comece a chamar todo mundo no twitter e se prepare para uma experiência muito melhor ano que vem! Vale a pena, mesmo se você tiver que ir de muito longe (nesse caso você ganha uma camisa!).

Fora isso, eu tenho muito a agradecer as pessoas que colaboraram para minha experiência na FEW2k18. Vocês são fodas! E a culpa de eu terminar esse post com outra aba vendo preço de passagem pra SP em 2019 é toda de vocês! ❤

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