A inteligência artificial (GenAI) é extraordinária e está aqui para ficar. No entanto, é crucial ter atenção para evitar que o entusiasmo se transforme em uma moda passageira, semelhante à era dos NFTs e outras tendências anteriores.
A empolgação gerou bilhões de dólares investidos em uma variedade de projetos de inteligência artificial, muitos dos quais carecem de um propósito claro e de um planejamento ou estudo de viabilidade adequados. Nem todos os contextos atuais seguem a mesma direção, e aqui surge o papel crucial de atuarem como mediadores.
O aspecto positivo é que, nos próximos anos, presenciaremos avanços significativos, especialmente com outras empresas competindo com a OpenAI e promovendo uma entrega de valor valiosa e uma redução nos custos de utilização.
A META (Facebook) anunciou recentemente investimentos substanciais e já está colhendo excelentes resultados com a Llama 3. Da mesma forma, a Microsoft com o Phi-3 visa modelos menores com alta eficiência. Outras iniciativas incluem Google AI (Bard, LaMDA, PaLM, Meena, BERT), entre muitas outras.
A discussão a longo prazo, considerando as características necessárias, gira em torno da Inteligência Artificial Geral (AGI) aproximando-se das capacidades humanas na tomada de decisões.
Atualmente, o que temos em GenAI são algoritmos que simulam decisões baseadas em probabilidades, um resultado já notável, especialmente se comparado com 30 anos atrás, quando a IA era um tema restrito a filmes e universidades.
Esse movimento moderno da IA acelerou drasticamente o valor de empresas como a NVIDIA, que oferecem placas de vídeo capazes de processar esses algoritmos pesados, que consomem muita energia e hardware. Talvez essa seja uma das próximas barreiras a serem superadas com a próxima geração de computadores quânticos, que prometem mudar radicalmente os modelos computacionais atuais.
Mencionei anteriormente a iniciativa Phi-3 da Microsoft, e é importante destacar que ter inteligência artificial diretamente em nossos dispositivos, acelerando localmente a tomada de decisões, será uma forte tendência.
Uma das grandes conquistas da OpenAI, e merece reconhecimento, foi romper as barreiras de treinamento e, ao mesmo tempo, tornar a tecnologia acessível, seja por API, web ou dispositivos móveis. Isso lembra o lançamento do iPhone, quando a Apple demonstrou algo que todos sabiam que era necessário, mas ninguém havia tomado a iniciativa.
Essa democratização foi excelente, gerando oportunidades em todos os setores e é o motivo desta reflexão, oferecendo um breve resumo do momento atual e, depois, a preocupação sobre como entregar valor real.
Eu tenho observado no mercado uma euforia enorme dentro das empresas na busca por soluções de IA, com orçamentos astronômicos aprovados, porém sem uma avaliação interna ou prova de viabilidade adequada.
Nós temos um papel importante que é antecipar fatos, estudar tendências e contribuir com uma estratégia de inovação, direcionando as implementações de software para promover o uso de inteligência artificial nas empresas, sempre olhando para o resultado final para a organização e para os clientes que vão efetivamente consumir e se beneficiar dessas implementações.
Entenda os desafios da sua organização, as tecnologias envolvidas, os fluxos de negócio que são operados internamente pelas tecnologias atuais e legados, e desenvolva jornadas educativas sobre as possibilidades da inteligência artificial generativa disponíveis no mercado. Explore as ofertas de cada player e crie sessões de design para experimentação e provas de conceito.
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Ramon Durães
VP Engineering @ Driven Software Strategy Advisor
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