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Rafael Conceição
Rafael Conceição

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Contribuições de uma equipe de SRE no ciclo de vida de um serviço

Importante: o texto a seguir é fruto de um exercício de criação de um time de SRE, onde os times de desenvolvedores seriam os responsáveis por criar e manter a infraestrutura e aplicações.
Não existe um modelo certo ou errado, nem considere esse texto como uma verdade absoluta.
Boa parte desse material foi baseado nos livros: The Site Reliability Workbook e Site Reliability Engineering. Você poderá encontrar frases ou partes do livros, nesse texto e nos outros.

Nos posts anteriores abordei um pouco sobre os:

Nesse post vamos ver como as contribuições de uma equipe de SRE, podem acontecer em várias fases do ciclo de vida de um serviço.

Fase 1: Arquitetura e Design

Como o SRE pode influenciar a arquitetura e o design de um sistema:

  • Criação de práticas recomendadas, como resiliência a vários pontos únicos de falha
  • Documentar prós e contras de um determinado sistema/infra, para que os desenvolvedores possam escolher com sabedoria
  • Apoio a discussões para escolha de arquiteturas e design ajuda na validação de suposições e PoC
  • Atuar junto com a equipe de desenvolvimento, participando do trabalho de desenvolvimento
  • Co-projetando parte do serviço

O envolvimento precoce do SRE pode ajudar a evitar reformulações dispendiosas.

Fase 2: Desenvolvimento Ativo

Nessa fase começa a produtização do serviço, para que possa ser liberado para produção. A produtização normalmente inclui:

  • Planejamento de capacidade
  • Configuração de recursos extras para redundância
  • Implementação de infraestrutura extra
  • Planejamento para picos e sobrecargas
  • Implementação de monitoramentos e alertas

Fase 3: Disponibilidade limitada

Nessa fase o SRE pode ajudar a:

  • Medir e avaliar a confiabilidade.
  • Dimensionar o sistema criando um modelo de capacidade
  • Garantir uma cobertura de monitoramento adequada
  • Ajudar a criar alertas que correspondam idealmente aos próximos SLOs de serviço.

Recomendável que sejam definidos os SLOs nesse ponto, para que se tenha uma medida objetiva de quão confiável é o serviço.
A equipe de produto ainda tem a opção de retirar um produto que não pode atingir sua confiabilidade alvo.

Fase 4: Disponibilidade geral

Nessa fase o serviço já passou pelo PRR (Revisão de Prontidão da Produção) ou deverá passar.

Os objetivos da PRR são os seguintes:

  • Verifica se um serviço atende aos padrões aceitos de configuração de produção e prontidão operacional
  • Melhorar a confiabilidade do serviço de forma que minimize o número e a gravidade dos incidentes que podem ser esperados

A equipe de desenvolvedores deve continuar colocando em campo uma pequena parte de todo o trabalho operacional e de resposta a incidentes para que eles não percam a perspectiva sobre esses aspectos do serviço.

Fase 5: Fim de suporte

Não há mais usuários e o serviço foi desligado. O SRE pode ajudar a excluir referências ao serviço nas configurações de produção e na documentação, caso exista algum bloqueio.

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