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rafaelbonilha
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Migrando Aplicativos de uma Nuvem para Outra - Parte 1

Nesta série iremos abordar como é o processo de migração de uma aplicação de um provedor de nuvem para outro sem planejamento, sem roadmap, sem processos de forma rápida e segura #sqn.
Mas primeiro, vamos falar um pouco sobre o que é migração para a nuvem, para isso iremos abordar primeiro a migração para a nuvem

  • Como é a Migração para a Nuvem?

Migração de aplicativos é o processo de movimentação de dados, aplicações entre outros recursos digitais de um datacenter local (on-premises) para um data center gerenciado por um provedor de nuvem ou de um ambiente de nuvem para outro (migração de nuvem para nuvem). A organização pode decidir entre migrar para uma única nuvem ou para várias. Entre os modelos de nuvem disponíveis, tem os modelos de nuvem pública, onde os serviços são fornecidos pela internet pública ou de nuvem privada, onde toda a infraestrutura é disponível de forma exclusiva para a organização. Muitas empresas escolhem o modelo híbrido, que combina serviços de nuvem pública e privada, oferecendo o melhor dos dois modelos.

Pronto, agora que sabemos o que é a migração para a nuvem, vamos abordar o processo que leva a migração de uma aplicação de uma nuvem para a outra. Este processo normalmente é dividido nas seguintes etapas:

✔ Avaliação e Planejamento
✔ Escolha do Provedor e Preparação
✔ Arquitetura da Nuvem de Destino
✔ Execução da Migração
✔ Testes e Validação
✔ Otimização, Monitoração e Sustentação

Estes 6 passos são as etapas mais utilizadas para a realização de migração de uma aplicação de uma nuvem para outra. Diferentes aplicativos podem ser migrados de maneiras distintas, mesmo dentro de um mesmo ambiente de tecnologia. Desde o surgimento da computação em nuvem, os profissionais de TI abordam esses padrões de migração com nomes que começam com a letra 'R'. Estas formas de aplicar o processo de migração são as seguintes.:

  • Rehost (Rehospedar) - também chamado de lift and shift
  • Relocate (Realocação) - lift e shift a nível de hypervisor
  • Refactor/Re-architect (Refatorar/Rearquitetar)
  • Replataform (Redefinir plataforma)
  • Repurchasing (Readquirir)
  • Retire/Replace (Desativar/Substituir)
  • Retain (Reter)

Além destas formas, existem 3 modelos usados para aplicar o processo e os padrões de migração, são os seguintes.:

Esses passos, em conjunto com os padrões e os modelos formam a migração de um aplicativo de uma nuvem para outra. A migração pode se tornar um processo complexo, demorado e caro, mas só se não seguir os passos e os padrões acima e aplicar um dos modelos escolhidos de maneira errônea ou parcialmente.
Migração para outra nuvem também pode trazer riscos como desafios técnicos não previstos, custos não mapeados, inatividade ou indisponibilidade inesperada, dificuldades para gerenciar as mudanças e questões culturais que surgem ao efetuar uma migração são os riscos mais comuns durante todo o processo.

Mas também oferece oportunidades, como a desativação de recursos que não geram mais valor e a otimização de recursos que estavam sendo subutilizados ou superutilizados, gerando economia e ganhos de performance e eficiência. Aplicativos legados merecem atenção especial devido aos desafios específicos para efetuar a migração de uma nuvem para outra.
Para estes casos é necessário uma avaliação mais cuidadosa antes de se decidir pela migração de aplicações antigas para nova nuvem pois envolve também a política de suporte do provedor de nuvem escolhido para tecnologias mais antigas, pode ocorrer que o novo provedor não suporte mais a tecnologia da aplicação legada, por exemplo.

Duas coisas também são importantes que merecem atenção especial durante todo o processo de migração.: Documentação e Custos, durante todo o processo é importante que se tenha uma documentação efetiva que apoie os times responsáveis pela migração e a visão clara dos custos efetivos totais (CET) previstos durante a fase de avaliação e planejamento.
É importante revisar os valores conforme o processo vai seguindo para evitar surpresas como aumento de custos ou despesas não previstas.
Já a documentação é necessária para apoiar a todos os times envolvidos, sendo uma referência para os times e posteriormente um material de apoio para futuras migrações.

Nos próximos posts iremos abordar com mais detalhes sobre os passos, os padrões e os modelos existentes para se preparar a migração de uma aplicação de forma a diminuir os riscos, custos e tempo de indisponibilidade e garantindo aos usuários e ao time de TI ganhos de performance, economia e escalabilidade.

Referências.:

https://www.ibm.com/topics/application-migration
https://www.ibm.com/br-pt/topics/application-migration
https://aws.amazon.com/pt/blogs/aws-brasil/migrando-aplicacoes-para-nuvem/
https://azure.microsoft.com/en-us/resources/cloud-computing-dictionary/what-is-application-migration/?msockid=3886e3a978ef64f5288df15b79fb65ca
https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-cloud-migration/

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