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Mariana Costa
Mariana Costa

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O que eu aprendi dando o meu primeiro curso

Recentemente eu tive a oportunidade de ministrar um curso sobre análise de dados usando o Excel e Power B.I. com mais dois colegas de curso, o Erick Lima e o Pablo Santos. Antes de dar o curso eu pedi umas dicas as meninas do PyLadies Natal e a Gabi Cavalcante escreveu um texto resumindo algumas dicas que elas me deram.
Essa jornada de ensino me trouxe diversos desafios e aprendizados de novas práticas, pois ainda tenho muito o que aprender para que eu possa compartilhar o que sei.
Então, elenquei alguns pontos que foram relevantes da minha experiência:

  1. Como elaborar um curso?
    “As respostas estão nos livros, estão na internet. A missão do professor é provocar a inteligência, é provocar o espanto, é provocar a curiosidade” — Rubem Alves
    Estar do outro lado do curso me fez refletir a forma como eu gostaria de poder aprender, mas vale lembrar que a experiência de ensino e aprendizagem é extremamente plural. Então como equilibrar as minhas expectativas com as dos participantes? Alguns pontos foram tomados como foco para realizar o desenvolvimento:
    Planejamento
    Quais cases serão levados? Como serão resolvidos? Quais resultados deverão ser atingidos?
    Cronograma
    Quanto tempo vou levar para passar esse conhecimento? Quanto tempo para realizar auxílio aos participantes?
    Validação
    Como vou mensurar a satisfação dos participantes? Qual a nota que você daria ao curso de 0 a 10? Qual sua opinião sobre o curso? No que podemos melhorar?

  2. “Alguém tem alguma dúvida?”
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    “você pode repetir a parte em que você falou sobre todas as coisas?”
    Alguém sempre vai ter uma dúvida e não vai falar.
    Manter dezenas de pessoas focadas durantes horas consecutivas num sábado de oito horas às dezoito horas não é uma tarefa fácil. Ao longo do curso nos preocupamos muito em nos fazermos entendidos, afinal era nossa responsabilidade passar o conhecimento. E mesmo que a gente parasse e perguntasse “Alguém está com alguma dúvida?” poucas pessoas levantavam as mãos.
    A vantagem de estarmos num grupo maior foi que enquanto um estava ensinando, os outros dois iam passando de pessoa em pessoa verificando se estava todo mundo na mesma etapa. Isso ajudou MUITO no acompanhamento do pessoal, embora seja uma prática inviável para um curso de um só ministrante.
    O que poderia ter sido feito?
    No meio do curso tentamos usar o Zoom para compartilhar nossa tela e facilitar a visualização dos participantes, mas como precisaria aguardar todo mundo baixar, nos tomaria tempo. Ficou a lição — deveríamos ter feito isso logo no começo.
    Outra coisa que deveríamos ter pensado previamente era em deixar todo mundo com alguém ao lado. Mesmo usado o ZoomIt, às vezes ficava meio ruim para acompanhar. Percebemos que os participantes que estavam mais atrás na sala ou a sós acabavam sentindo mais dificuldade em acompanhar o ritmo, porque era muito conteúdo e sem alguém ao lado o pessoa não tinha como ter algum suporte próximo.

  3. Todo mundo sofre da Síndrome do Dedo Nervoso

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“Emergência? Eu apenas tentei fazer uma torrada e saiu um braço da torradeira e me esfaqueou na cara!“ “Você leu a primeira página do manual?” “Bem, não, mas tudo que eu queria era…”
Todo mundo que mexe em dispositivos eletrônicos sofre da pseudo “Síndrome do dedo nervoso”. Saem clicando em tudo que veem na tela do computador ou smartphone, e não sou eu quem estou dizendo isso, é tema de um artigo da universidade do Texas. Pensando nisso, nós fomos disponibilizando os conteúdos que seriam utilizados ao longo do curso somente quando eles fossem ser utilizados. Para facilitar, foram criados encurtadores com bit.ly dos materiais para serem baixados e que disponibilizados quando necessário. Isso evitou aquele passa passa de pen drive que toma muito tempo e não garante a integridade dos dados.
Let’s keep growing! 🤘🏻
Ter dado o primeiro curso esse ano foi um passo significativo para quebrar o gelo e aprender a aprender cada vez mais.
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