Se você decidiu entrar para o mundo da TI, já deve ter ouvido alguém falar que você vai ser um eterno estudante, pois precisamos estar sempre atualizados sobre as novidades da área e, ao mesmo tempo, aprofundar os conhecimentos que já possuímos.
Segundo Andy Hunt, em Pensamento e Aprendizado Pragmático: Refatore seu cérebro [1], as duas habilidades mais importantes hoje em dia são:
- Habilidade de comunicação;
- Habilidade de aprendizagem e pensamento.
Neste artigo iremos focar na segunda habilidade, mas esta pode não ser uma tarefa tão simples quando se tem tanta informação à disposição e a cada dia nasce uma nova tecnologia. Portanto, antes de começar a tentar absorver tudo o que vê pela frente, talvez seja necessário estruturar o seu aprendizado, ou em outras palavras, aprender a aprender.
Mas, afinal, o que é aprender?
O termo aprendizagem vem do latim apprehendere, que significa “apoderar-se”, “tomar posse de”. Ou seja, ao aprender algo, estamos tomando posse desse conhecimento.
Porém, esse termo muitas vezes traz uma bagagem negativa. Por exemplo, o formato do ensino aqui no Brasil, com aulas expositivas, é um pouco ultrapassado e pouco eficiente, pois é muito mais comum ver o conteúdo ser simplesmente despejado em cima do aluno, sem se importar de fato se ele está aprendendo ou não.
É uma abordagem pouco eficiente, pois:
A aprendizagem não é feita para você; é algo que você faz. Ou seja, o modelo que funciona para um, pode não funcionar para outro. Além disso, não é algo que alguém possa fazer por você, não é possível delegar essa tarefa.
Dominar o conhecimento por si só, sem experiência, não é eficaz.
Uma abordagem aleatória, sem metas e feedback, tende a gerar resultados aleatórios. Em outras palavras, isso dificultará a medição do seu progresso e você não saberá qual abordagem funciona melhor para você.
O processo de aprendizado pode ser um pouco frustrante às vezes, afinal quem nunca ficou dias quebrando a cabeça tentando resolver um problema? Isso faz parte do aprendizado, quando estamos aprendendo algo novo, precisamos nos desafiar para conseguir evoluir. Mas podemos tornar esse processo um pouco menos frustrante, através da programação de ensino.
Devemos ir aumentando o nível dos desafios aos poucos, para que a jornada não seja aversiva ao ponto de nos fazer querer desistir logo no começo, e possamos perceber nossa evolução ao longo do tempo. :)
A seguir veremos como tornar a aprendizagem mais eficaz no mundo real, como acelerar a aprendizagem abordando-a de maneira mais metódica com as melhores ferramentas disponíveis para o trabalho em questão.
Antes de mergulhar de cabeça nos livros, vamos aprender sobre alguns métodos de estudos.
Para começar, vamos dar uma olhada mais de perto em como gerenciar metas e planejamento usando metas SMART e o Plano de Investimento Pragmático.
Metas SMART
O termo SMART vem do inglês:
Specific (Específico)
Measurable (Mensurável)
Achievable (Atingível)
Relevant (Relevante)
Time-bound (Temporal)
Mas o que isso quer dizer?
Específico
Devemos evitar objetivos muito genéricos como: “Quero emagrecer” ou ”Quero aprender Ruby on Rails”. O ideal é termos uma meta bem definida como: “Quero perder x kg” ou “Quero ser capaz de criar uma página web utilizando Ruby on Rails”.
Mensurável
Como saber que você atingiu seu objetivo? Você precisa ser capaz de medir seu progresso.
Este item está bastante atrelado ao item anterior, pois é difícil medir algo genérico ou abstrato.
Se você não conseguir mensurar seu objetivo, talvez não esteja sendo específico o bastante.
É como em uma viagem, você não precisa enxergar seu destino final, apenas alguns metros à sua frente.
Atingível
Como comentamos anteriormente, uma meta não atingível apenas gera frustração.
Seja realista ao definir suas metas. “Quero perder 10kg em uma semana”, é praticamente impossível, a menos que você corte fora partes do seu corpo (espero que você não faça isso), ao invés disso, que tal começar com “Quero fazer 10 minutos de caminhada todo dia”?
Seu objetivo deve ser atingível a partir do ponto em que você se encontra atualmente.
Relevante
Seu objetivo precisa ser relevante para você, ou você irá perder a motivação.
Novamente usando o exemplo da perca de peso, por que isso é importante para você?
Um objetivo relevante poderia ser: “Quero perder peso, para conseguir jogar bola com meu filho”.
Temporal
Por último, e talvez o item mais importante. Você precisa colocar um prazo para atingir seu objetivo.
Sem um prazo, as chances de você deixar de lado sua meta aumentam, pois sempre irá aparecer algo “mais urgente/importante”.
Por isso a importância de se ter metas pequenas e atingíveis, pequenos progressos frequentes são melhores do que um grande avanço que foi deixado de lado.
Defini minhas metas, e agora?
Após definir suas metas, você deve criar um plano de ação para executá-las.
O Plano de Investimento Pragmático (PIP), de Andy Hunt e Dave Thomas [2], se baseia na ideia de que você deve gerenciar sua carteira de conhecimento com o mesmo cuidado que administraria uma carteira de investimentos financeiros.
Segundo eles, apenas ter um plano já é um passo bastante eficaz para alcançar seus objetivos, mas há um ponto em que devemos estar atentos: geralmente, tendemos a deixar essas tarefas para nosso “tempo livre”, mas essa é uma receita para o fracasso, pois nunca teremos tempo “livre” de verdade.
Devemos deliberadamente alocar um horário na agenda para nossa aprendizagem.
O PIP define alguns pontos importantes a serem seguidos para a manutenção da nossa carteira de conhecimento:
-
Tenha um plano concreto: Está muito relacionado com as metas SMART, seja específico em seu plano; crie diferentes níveis de metas ao longo do tempo, por exemplo:
- Agora (Qual é a próxima ação que você pode realizar?);
- Metas para o próximo ano;
- Metas para daqui há cinco anos.
Estes prazos são apenas um exemplo, você deve adaptá-los conforme suas necessidades.
Diversifique: Assim como nos investimentos financeiros, devemos diversificar nossa atenção, por exemplo entre a área técnica e a não técnica. Devemos sempre levar em consideração a relação risco versus retorno, aprender uma tecnologia já consolidada no mercado tem baixo risco, mas o retorno é igualmente baixo pois há maior concorrência. Já focar em uma nova tecnologia que acabou de ser lançada tem alto risco, pois pode não vingar, mas também pode trazer um alto retorno pois há poucos profissionais no mercado. A parte boa é que, diferentemente dos investimentos financeiros, o investimento em conhecimento sempre terá algum valor.
Faça um investimento ativo, não passivo: Assim como no mundo financeiro, é necessário parar e reavaliar sua carteira de tempo em tempos. Ainda faz sentido aprender o framework x? Ou a linguagem y? Reveja seu plano de ação constantemente e recalcule a rota caso necessário.
Faça um investimento regular: Ao investir em ações, às vezes irá pagar muito barato, às vezes irá pagar caro, mas pensando no longo prazo, essas diferenças são suavizadas, e a empresa irá se valorizar, fazendo com que seu capital aumente. Devemos investir regularmente em nosso conhecimento também, criar um ritual e nos comprometer a dedicar um tempo mínimo para os estudos. E assim como os preços das ações podem variar, nem toda sessão de estudo será igualmente produtiva, mas ao realizá-las regularmente, no longo prazo seu conhecimento aumentará.
Para ajudar aproveitar ao máximo sua sessão de estudos, planeje o que irá fazer previamente. Vá ao banheiro, pegue uma bebida, separe os materiais necessários, elimine as distrações (deixe o celular em outro cômodo, ou no modo “Não perturbe”).
Que tipo de aprendizagem é melhor para você?
Com suas metas e plano de estudos bem definidos, agora é hora de conhecer algumas formas de aprendizado [3], assim saberá quais métodos de estudo serão mais eficazes para você.
Basicamente, podemos dividir em 3 grupos:
Visual: São aqueles que precisam ver o material. Aprendem melhor com imagens, gráficos e até mesmo linguagem corporal;
Auditivo: Aprendem melhor ouvindo. Deve buscar palestras, podcasts etc., até mesmo o tom de voz ou velocidade podem influenciar no aprendizado desse grupo;
Cinestésico: São aqueles que precisam tocar/mover o material. Este tipo é bastante comum em esportes ou artes. Pessoas desse grupo geralmente precisam “por a mão na massa” para aprender.
Lembrando que você não precisa se encaixar apenas em um único grupo, irá depender da habilidade que está tentando desenvolver. Teste abordagens diferentes e descubra quais irão te ajudar a aprender com mais facilidade.
Chega de enrolação, vamos à prática
A seguir serão apresentados alguns métodos de estudo que podem te ajudar a fixar o conteúdo:
- Divida o conteúdo em pequenas partes
Alguns estudos apontam que as pessoas tendem a se lembrar melhor das coisas quando aprendem algo novo em pequenas doses, ao invés de tentar digerir todo o conteúdo de uma só vez.
Isso está relacionado com a capacidade da nossa memória de trabalho [4] e a forma como nosso cérebro transforma memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Ao tentar consumir todo o conteúdo de uma vez, estamos lidando com uma grande quantidade de informações, porém nossa memória de trabalho não consegue armazenar tudo isso e a tendência é que nos esqueçamos de boa parte do que aprendemos.
Além disto, o ser humano não consegue se manter completamente focado em uma atividade por períodos muito longos, por isso é importante distribuir o conteúdo em sessões menores. Esta técnica é chamada de Prática Distribuída [5], e ela não apenas nos ajuda a nos mantermos focados como também a fixar melhor o conteúdo, pois ao retomar o mesmo assunto após um tempo, nosso cérebro entende que aquilo é importante e irá reter esse conhecimento na memória de longo prazo.
- Técnica Pomodoro
Para esta técnica iremos precisar de 5 tomates, 2 dentes de alho..
Esta técnica foi desenvolvida por um italiano chamado Francesco Cirillo [6] e, apesar do nome, nada tem a ver com tomates (pomodoro, em italiano).
Buscando aumentar sua produtividade nos estudos, ele utilizou um timer de cozinha para se manter focado em suas atividades durante o tempo estipulado.
Timer utilizado por Francesco Cirillo, motivo dele ter batizado a técnica com o nome Pomodoro.
Esta prática está diretamente ligada com a Prática Distribuída, e consiste em:
Ajustar um timer para o tempo desejado;
Trabalhar na tarefa escolhida sem interrupções;
Fazer uma pequena pausa quando o alarme tocar.
Este ciclo é chamado de "pomodoro", normalmente utiliza-se um período de 25 minutos focados, seguidos de 5 minutos de descanso. Ao completar 4 "pomodoros", deve-se fazer uma pausa um pouco maior, de 10 a 15 minutos.
Esses tempos são apenas uma sugestão, o ideal é que você teste e ajuste de acordo com sua necessidade.
Caso você não possua um timer de cozinha, há alguns sites e aplicativos que você pode utilizar para aplicar esta técnica, como TomatoTimer ou Pomofocus.io, entre outros. Basta procurar no Google por "pomodoro timer".
- SQ3R
Há indícios de que a leitura é um dos meios menos eficazes de se aprender, uma vez que o ser humano é bastante visual e aprende muito bem observando e imitando comportamentos. Como por exemplo, um bebê que aprende a falar e caminhar apenas observando os adultos.
Porém há uma técnica conhecida como SQ3R [6], que é capaz de aumentar a eficácia da leitura. Esta é uma sigla que vem do inglês: Survey, Question, Read, Recite, Review.
Iremos abordar cada uma das etapas:
Survey (Inspecione/pesquise): Analise o sumário, os resumos, títulos e subtítulos dos capítulos, bem como imagens e tabelas, para ter uma visão geral do conteúdo do livro.
Question (Questione): Anote suas dúvidas a respeito dos temas de cada capítulo, o que você espera aprender em cada um deles? Quais assuntos estão relacionados?
Read (Leia): Leia todo o conteúdo buscando as respostas para as perguntas feitas anteriormente, destaque trechos que julgar importante.
Recite (Recite): Faça resumos, anotações, escreva com suas próprias palavras o que entendeu. Você também pode falar em voz alta ou mentalmente, como se estivesse explicando para alguém.
Review (Revise): Releia brevemente o material e/ou suas anotações, veja se pode fazer melhorias nelas. O processo de revisão é uma processo contínuo, e pode ser feito entre um capítulo e outro, ou até entre cada sessão de estudo.
Aqui, o importante é não ter pressa para terminar a leitura, se necessário, diminua o ritmo nas partes mais difíceis, releia até compreender bem o assunto. Caso ainda sobre dúvidas, tente procurar em outras fontes, discutir o assunto com alguém (as comunidades online são uma ótima opção).
- Faça revisões periódicas
Como dito anteriormente, o processo de revisão deve ser contínuo para que não esqueçamos o que aprendemos.
O conceito de curva do esquecimento [8] foi criado pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus. Em seus estudos a respeito da nossa memória, ele conseguiu demonstrar, através de uma representação gráfica, a relação entre as informações adquiridas e o tempo em que elas permanecem em nossa memória, como pode ser visto na imagem abaixo.
Ebbinghaus notou que, em 24 horas, entre 50% a 80% do aprendizado havia sido perdido. Nosso cérebro não consegue absorver grandes quantidades de informação ao mesmo tempo, e as informações menos utilizadas, é como se ele enviasse para a Lixeira, e após alguns dias, caso essas informações não sejam "restauradas", é realizada a exclusão definitiva.
Para evitar esse processo, devemos realizar revisões periódicas, assim seu cérebro irá entender que esta informação é importante e irá retê-la em sua memória de longo prazo.
Esta prática de revisões é conhecida como Sistema de Repetição Espaçada (SRE) [9], e se baseia na curva do esquecimento para propor os melhores momentos para realizar as revisões.
O SRE é dividido em 5 etapas de revisão:
1ª Revisão - Imediata: Assim que terminar de ver o conteúdo, revise os pontos mais importantes por 5 a 10 minutos.
2ª Revisão - após 24 horas: Faça revisões de 10 minutos
3ª Revisão - após 7 dias: Faça revisões de 5 a 10 minutos
4ª Revisão - após 30 dias: Faça revisões de 5 minutos
5ª Revisão - a cada 30 dias: Faça revisões de 5 minutos
Estas revisões podem ser: rever suas anotações, realizar exercícios ou construir mapas mentais, veremos sobre isso a seguir.
- Mapas mentais
Os mapas mentais [10] são uma maneira visual de organizar e representar informações. Eles funcionam como uma espécie de diagrama mental, que permite representar de forma clara e concisa as informações. Além disso, os mapas mentais são fáceis de usar e personalizar, o que significa que podem ser adaptados aos interesses e necessidades de cada um.
Para criar um mapa mental, é preciso escolher um tema ou assunto e começar a desenhar um diagrama com ramificações para as ideias relacionadas. É importante usar imagens, símbolos e cores para tornar o mapa mais atraente e memorável. Além disso, os títulos das ramificações devem ser curtos e claros para facilitar a leitura.
O objetivo dos mapas mentais é ajudar a estabelecer conexões entre os assuntos e facilitar a compreensão dos conceitos relacionados. Ao criar conexões entre ideias, é possível ver como as informações estão relacionadas entre si e como elas formam uma estrutura mais ampla. Isso pode ajudar a identificar padrões e relações importantes que podem não ser óbvias de outra forma.
E se você descobrir mais sobre o assunto? Não tem problema! Basta atualizar o seu mapa mental.
Em resumo, os mapas mentais são uma ferramenta valiosa para quem deseja melhorar o seu aprendizado e a retenção de informações. Eles ajudam a visualizar o material de uma forma clara e concisa, além de forçar o cérebro a processar as informações de uma forma mais ativa. Se você ainda não experimentou criar mapas mentais, vale a pena dar uma chance e ver como eles podem ajudar na sua jornada de aprendizado.
- Ensine
Aprender ensinando é uma abordagem de estudo eficaz que ajuda a solidificar o conhecimento e aprofundar a compreensão de um assunto. Quando se ensina algo, é necessário explicar o assunto de forma clara e concisa, o que pode ajudar a identificar áreas que ainda não são compreendidas. Além disso, o ato de ensinar ajuda a criar uma ligação mais forte com o assunto, o que pode aumentar a memória e a capacidade de lembrar informações.
Ensinar pode ser feito de muitas maneiras, como explicar a alguém, dar uma palestra ou apresentação, escrever um artigo ou resumo, ou até mesmo explicar para um patinho de borracha (ou qualquer outro objeto inanimado).
Há uma técnica conhecida como Rubber duck debugging [11], ou Debug com Pato de borracha, que basicamente consiste em tentar explicar o problema para um pato de borracha, decrevendo o código linha a linha. A ideia é que, ao explicar o problema em detalhes para o pato, você consiga identificar a raiz do problema e encontrar uma solução, pois este processo ajuda a organizar os pensamentos e a ter uma visão mais clara.
Dicas extras
- Exercite-se antes de estudar
Exercitar-se antes de estudar pode ter várias vantagens [12], tanto para a saúde física quanto mental. Algumas dessas vantagens incluem:
Aumento da energia: O exercício ajuda a liberar endorfinas, que são substâncias químicas responsáveis por aumentar a sensação de bem-estar e aumentar a energia. Isso pode ajudar a mantê-lo alerta e concentrado durante o estudo.
Melhora da memória: O exercício físico ajuda a estimular a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro, o que pode melhorar a capacidade de retenção de informações e aumentar a memória.
Redução do estresse: O estresse pode ser um grande obstáculo para o foco e a formação da memória (graças ao hormônio cortisol), realizar exercícios físicos pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, e melhorar o bem-estar geral e a concentração.
Aumento da autoestima: O exercício físico pode ajudar a aumentar a autoestima e a confiança, o que pode ter um impacto positivo na motivação e na concentração durante o estudo.
Melhora da qualidade do sono: O exercício físico regular pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, o que é fundamental para uma boa saúde mental e física e para um melhor desempenho acadêmico.
- Tenha um grupo de estudos
Ter um grupo de estudos no trabalho pode trazer muitas vantagens tanto para os indivíduos quanto para a equipe e a organização como um todo. Algumas dessas vantagens incluem:
Aprendizado compartilhado: Um grupo de estudos permite que os membros da equipe compartilhem seus conhecimentos e habilidades, o que pode ajudar a preencher lacunas no entendimento e aumentar a compreensão do assunto.
Melhoria da colaboração: Estudar em grupo pode ajudar a construir relações de trabalho mais fortes e melhorar a colaboração entre os membros da equipe.
Desenvolvimento profissional: Participar de um grupo de estudos no trabalho pode ajudar os membros da equipe a desenvolver habilidades e conhecimentos importantes para seu crescimento profissional.
Solução de problemas: Discutir questões e fazer perguntas em um grupo de estudos pode ajudar a encontrar soluções para problemas complexos e aumentar a eficiência na resolução de tarefas.
Inovação: O compartilhamento de conhecimentos e perspectivas diferentes em um grupo de estudos pode levar a novas ideias e inovações que podem ser aplicadas no trabalho.
Tente manter o grupo com não mais do que oito pessoas, pois grupos menores permitem que todos participem ativamente.
- Não tenha medo de errar
Nosso cérebro não foi feito para simplesmente absorver conteúdo passivamente e armazená-lo em nossa memória. Devemos praticar para consolidar este conhecimento.
Durante a prática, você irá cometer erros, ficará confuso e/ou frustrado. Tome um tempo para analisar o erro e tentar entendê-lo, procurar erros semelhantes que você já tenha resolvido pode te ajudar a seguir em frente.
Costumamos ver o fracasso como algo extremamente negativo, algo a ser evitado a qualquer custo. Não tenha medo ou vergonha de dizer "Eu não sei".
Acertar na primeira vez não é importante; o importante é acertar na última vez. [13]
Tenha um ambiente onde seja seguro testar, sem se preocupar com o resultado. Se no trabalho você não tiver um ambiente de teste que possa quebrar, teste em um projeto pessoal.
Outra forma de reduzir o medo de errar é poder reverter suas alterações para um estado anterior, e o Git é ótimo para isso (caso não saiba o que é Git vale a pena dar uma olhada neste artigo O que é controle de versão? [14]). Testes automatizados [15] também podem aumentar sua confiança na hora de realizar uma alteração, pois ajudam a garantir que tudo continuará funcionando como o esperado.
Conclusão
Como dito no início deste artigo, a área de TI está em constante evolução (enquanto você lê esse artigo, um novo framework já deve ter sido lançado). Com tanta informação disponível, é normal nos sentirmos meio perdidos de vez em quando.
Espero que com as dicas desse artigo você consiga se manter motivado nos estudos. Não tenha pressa, vá no seu ritmo e lembre-se:
Críticas e sugestões são bem-vindas, caso queira compartilhar alguma dica que não foi citada, deixe nos comentários. :)
Referências
[1] Pensamento e Aprendizado Pragmático: Refatore seu cérebro - Capítulo 1 - Andy Hunt
[2] Pensamento e Aprendizado Pragmático: Refatore seu cérebro - Seção 6.3 - Andy Hunt
[6] Técnica Pomodoro
[7] Método SQ3R
[8] Curva do esquecimento de Ebbinghaus
[9] SRE - Sistema de Repetição Espaçada
[10] O que é Mapa Mental?
[11] Debug com Pato de Borracha
[12] 5 Study Hacks Proven By Science - College Raptor Blog
[13] Pensamento e Aprendizado Pragmático: Refatore seu cérebro - Seção 7.3 - Andy Hunt
[14] O que é controle de versão?
[15] Entenda de uma vez por todas o que são testes unitários, para que servem e como fazê-los
Imagens
[1] Imagem de mulher com livro no rosto
[2] Timer em formato de tomate
[3] Curva do esquecimento de Ebbinghaus
[4] Imagem de exemplo de um mapa mental
[5] A post shared by Mariana Andrello (@oimare)
[6] Guilherme Bandeira on Instagram: "🐌"
Mais algumas referências que podem ser úteis
The Pomodoro Technique - Why It Works & How To Do It
Técnica pomodoro - Wikipédia, a enciclopédia livre
As 5 etapas do método SQ3R para leitura
Curve of Forgetting | Campus Wellness
Um Resumo do Curso "Aprendendo a Aprender", de Barbara Oakley
TEDx - Learning how to learn - Barbara Oakley
Para quem se interessou pelo livro, esse artigo do @evertones comenta sobre alguns pontos que não foram abordados aqui (em inglês):
Book: Pragmatic Thinking and Learning
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