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Arthur Fonseca
Arthur Fonseca

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Paul Arden: Quão grande você quer ser? Parte 4 — O time é tão bom quanto você, não receie trabalhar com os melhores

“O homem superior se angustia com sua carência (falta) de habilidade” Confúcio

Continuando os posts sobre Paul Arden, falaremos agora sobre dois pontos bem interessantes: Autonomia de um time e trabalho com os melhores.


Automia

Autonomy

Em uma parte do livro Arden começa a falar sobre dar liberdade às pessoas.

Isso é bem interessante, porque em minhas experiências já vi acontecer duas coisas:

  • Sou livre agora, o que VOCÊ (chefe, líder) quer que eu faça?
  • Sou livre agora, o que eu faço com a minha liberdade e autonomia?

Um ponto interessante que Arden argumenta é o de não prendermos as pessoas a concordarem com a gente ou limitarmos demais o que elas podem fazer. Geralmente elas ou vão querer nos agradar muito ou na pior das hipóteses estaremos fazendo o trabalho pelo qual a pessoa foi contratada.

Como Tech Lead na AIS Digital tento compartilhar com as pessoas as responsabilidades de suas decisões, sabendo que é praticamente impossível eu ser melhor que elas em suas especialidades… chegou um ponto que eu já nem tentava mais…

Me lembro de minha época de mancebo, menino-garoto desenvolvedor Jr. Eu queria aprender todas as linguagens do mundo.

Yé yé

Doce ilusão… torrei dinheiro com livros de Itil, Project, C#, Ruby, Java Script, UML, dentre outras coisas.

No final das contas, percebi que meus livros ficaram velhos e eu não aprendi o suficiente de todas as frentes que eu havia iniciado.

Minha visão hoje de compensar esse gap é com autonomia e maturidade das pessoas do meu time, além de conversa com outras chapters da empresa para me ajudar. (Sobre como trabalhamos com chapters na AIS Digital você pode ver aqui).


Trabalhando com pessoas melhores que você

É bem interessante esse ponto. Para algumas pessoas é bom trabalhar com pessoas que tem menos experiência que você.

No meu caso, penso diferente. Creio que trabalhar com pessoas melhores do que eu me forçam a ser melhor, claro, desde que eu não deseje ficar parado.

Arden resume esse ponto da seguinte forma:

Os melhores às vezes são pessoas difíceis. São obstinados, concentrados. Por isso são bons. Eles relutam em fazer concessões.

Pode ser intimidador, em especial para os jovens, mas se você se aproximar deles com atitude de quem quer fazer bem alguma coisa, eles responderão positivamente.

Porque também querem fazer bem alguma coisa.

E se você for claro a respeito do que quer e mostrar força de vontade, embora discussões sejam possíveis, eles vão respeitá-lo (se não for na hora, ao menos depois — eu não disse que seria fácil).

Isso me lembra muito um brother meu e um cara que me ajuda muito a melhorar: Igor Vieira, o Igão da massa!

Eu era feliz quando no precisava dele para aprovar meus PRs… hoje ao menos sou um cara que tem que buscar primazia… em alguns pontos melhor do que ser feliz…

Me lembro também quando cheguei na AIS Digital com os meus 30 anos… um bando de “pirralhos” de 20 anos trabalhando com GitFlow, metodologia ágil e Scrum, e eu comitando na master.

Eu sabia que eu não tinha sido contratado por esses conhecimentos, afinal, eu tinha uma bagagem com Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) (mais sobre isso você pode ler aqui, aqui, aqui e aqui). Por outro lado, sabia que eu no poderia deixar essas coisas passarem, e usei isso como trampolim para melhorar cada dia mais.


Esse post faz parte de uma série sobre Paul Arden e dois de seus livros: Não basta ser bom, é preciso querer ser bom e Tudo o que você pensa, pense ao contrário.

A série completa é:


Original post published at https://medium.com on September 13th, 2020.

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