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Andressa Abrantes
Andressa Abrantes

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Boas Práticas de Dash de Monitoramento para Observabilidade: Um Guia Simples

Hoje em dia em sistemas distribuídos, a observabilidade se tornou uma prática essencial. Mais do que apenas saber que há um problema, o real objetivo é descobrir por que ele está acontecendo e, claro, como corrigi-lo. Dashboards de monitoramento são ferramentas muito poderosas que ajudam a transformar a enxurrada de dados de logs, métricas e traces em insights úteis.

O que é Observabilidade e por que importa?

A observabilidade é definida como a capacidade de entender o que está acontecendo dentro de um sistema a partir de suas saídas. Para sistemas complexos, como microsserviços e arquitetura serverless, essas saídas vêm na forma de dados de telemetria: logs, métricas e traces.

Segundo Shaun McCormick, engenheiro sênior da BigCommerce,

"observabilidade não é apenas saber que um problema está acontecendo, mas saber por que está acontecendo e como posso consertar isso".

Ou seja, não adianta só receber alertas de que "algo deu errado". É preciso ir além, descobrindo a causa raiz e traçando o caminho completo do efeito até o problema.

Boas Práticas de Dash de Monitoramento

  • Defina metas claras e faça comparações

Quando se trata de monitoramento, você precisa comparar indicadores com metas de desempenho. Um dashboard eficaz não só exibe dados brutos, mas também ajuda a entender como eles se comparam com os objetivos do sistema.

Imagine que você tem um serviço de back-end e quer monitorar o tempo de resposta. Definir metas como "menos de 200ms" permite criar alertas mais eficazes e priorizar o que precisa de atenção imediata.

Se o tempo de resposta médio de um serviço de API é 250ms, mas a meta é 200ms, o dashboard pode destacar isso visualmente com cores (vermelho para problemas, verde para tudo dentro da meta). Isso ajuda a identificar rapidamente onde o desempenho está abaixo do esperado.

  • Agrupe KPIs e Mantenha a Coerência Visual

Agrupar KPIs (indicadores de desempenho), por exemplo, semelhantes em uma mesma seção do dashboard facilita a interpretação. Mantenha também um padrão visual, como usar as mesmas cores para indicadores e gráficos relacionados, o que torna a experiência de navegação mais fluida e clara.

Num dashboard de monitoramento de desempenho, você pode agrupar métricas de CPU, memória e tempo de resposta numa seção, enquanto na outra parte do dashboard agrupa dados de erros e logs. Além disso, usar uma cor padrão, como azul para desempenho e vermelho para erros, ajuda na consistência.

  • Use alertas personalizados para evitar ruído

Muitos alertas podem causar "fadiga de alerta", dificultando a priorização de problemas realmente urgentes. Configure alertas personalizados para notificar o time apenas sobre questões críticas, evitando sobrecarga com notificações irrelevantes.

Se um serviço está enfrentando um pico de 5% de erros em solicitações HTTP, não é necessário notificar o time inteiro. Mas se esse número subir para 15%, aí sim um alerta automático para a equipe de DevOps pode ser acionado, destacando a causa e sugerindo possíveis soluções.

  • Deixe o dashboard dinâmico e interativo

Os dashboards devem ser fáceis de navegar e filtrar. Ao fazer isso, você cria uma ferramenta poderosa que pode atender a diferentes usuários da equipe, como desenvolvedores, DevOps, ou gestores.

Imagine um dashboard de vendas que permite filtrar dados por região ou vendedor com um simples clique. No mundo de monitoramento de sistemas, isso pode ser aplicado filtrando dados de uma aplicação específica ou de uma zona geográfica.

  • Foque nos indicadores essenciais

Menos é mais. Focar nos indicadores mais importantes para o seu contexto de monitoramento faz toda a diferença. Um dashboard sobrecarregado de dados pode atrapalhar, tornando difícil identificar o que realmente precisa de atenção.

Em vez de monitorar todas as métricas possíveis de um serviço (latência, tempo de resposta, taxa de erros, uso de CPU, etc.), escolha aquelas que são mais relevantes para o negócio naquele momento. Se o foco é performance, priorize latência e tempo de resposta.

Monitorar não é apenas sobre desempenho. Também precisamos nos preocupar com segurança. Certifique-se de que o sistema está monitorando atividades suspeitas, como acessos não autorizados, para garantir que você consiga agir rapidamente caso algo saia dos padrões.

Além disso, automatize sempre que possível. Ferramentas de monitoramento automatizadas ajudam a encontrar padrões de falhas, ajustando recursos ou até remediando problemas antes mesmo de um humano intervir.

No geral, dashboards de monitoramento bem construídos são mais do que apenas uma exibição de dados – são a chave para garantir a estabilidade e a confiabilidade dos seus sistemas. Ao seguir essas boas práticas, você torna a Observabilidade não apenas mais fácil, mas também mais eficiente, ajudando a resolver problemas antes que eles se tornem críticos.

artigo feito por @andressa_abrantes @kelvia_santos e @ana_juliarauber

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