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Jason Hornet
Jason Hornet

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[PT-BR] Git Commit Patterns

O uso do Git para nós Devs é algo essencial, seja em projetos pessoais, de código aberto com muitas pessoas ou uma comunidade.
Dado isso, é importante utilizarmos o git commit apropriadamente. Termos uma linguagem coerente e padronizada ajuda a todos os envolvidos no projeto a entenderem as mudanças ocorridas.

Bad Commit Timeline

Na imagem acima, percebemos o quão prejudicial podem ser commits mal comentados, uma vez que não conseguimos entender a natureza da mudança ocorrida e o contexto que se aplica. A longo prazo, o efeito é ainda mais danoso, dado que a manutenibilidade do software é prejudicada devido a incoerência no escopo dessas mudanças, e como afetaram o projeto no passado.
Diante disso, vamos falar um pouco sobre o Conventional Commits Pattern.


O que é ?

Conventional Commits é uma convenção simples de mensagens de commit, que segue um conjunto de regras e que ajuda os projetos a terem um histórico de commit explícito e bem estruturado.


Como utilizar

As regras são muito simples, como demonstrado abaixo temos um tipo de commit (type), o escopo/contexto do commit (scope) e o assunto/mensagem do commit (subject).

!type(?scope): !subject
<?body>
<?footer>
Enter fullscreen mode Exit fullscreen mode

Dessa maneira, ! indica os atributos obrigatórios e ? indica os atributos não obrigatórios.


Subject: Imperativo ao invés de pretérito (modo passado)

Desse modo nós estamos dizendo à nossa equipe o que fará o commit se aplicado.

Commit Subject use

If applied, this commit will change the markup”, o que faz mais sentido do que: “If applied, this commit will changed the markup


Type: Quais são os tipos de commit

type é responsável por nos dizer qual o tipo de alteração ou iteração está sendo feita, das regras da convenção, temos os seguintes tipos:

  • test: indica qualquer tipo de criação ou alteração de códigos de teste. 
    Exemplo: Criação de testes unitários.

  • feat: indica o desenvolvimento de uma nova feature no projeto. 
    Exemplo: Acréscimo de um serviço, funcionalidade, etc.

  • refactor: usado quando houver uma refatoração de código que não tenha qualquer tipo de impacto na lógica/regras de negócio do sistema. 
    Exemplo: Mudanças após um code review

  • style: empregado quando há mudanças de formatação e estilo do código que não alteram o sistema de nenhuma forma.
    Exemplo: Mudar o style-guide, mudar de convenção lint, arrumar indentações, remover espaços em brancos, remover comentários, etc..

  • fix: utilizado quando há correção de erros que estão gerando bugs no sistema.
    Exemplo: Aplicar tratativa para uma função que não está tendo o comportamento esperado e retornando erro.

  • chore: indica mudanças no projeto que não afetem o sistema ou arquivos de testes. São mudanças de desenvolvimento.
    Exemplo: Mudar regras do eslint, adicionar prettier, adicionar mais extensões de arquivos ao .gitignore

  • docs: usado quando há mudanças na documentação do projeto.
    Exemplo: adicionar informações na documentação da API, mudar o README, etc.

  • build: utilizada para indicar mudanças que afetam o processo de build do projeto ou dependências externas.
    Exemplo: adicionar/remover dependências do npm, etc...

  • perf: indica uma alteração que melhorou a performance do sistema.
    Exemplo: alterar ForEach por while

  • ci: utilizada para mudanças nos arquivos de configuração de CI.
    Exemplo: CircleTravisBrowserStack, etc.

  • revert: indica a reversão de um commit anterior.

Commit Types use

Observações:

  • Só pode ser utilizado um type por commit;

  • type é obrigatório;

  • Caso esteja indeciso sobre qual type usar, provavelmente trata-se de uma grande mudança e é possível separar esse commit em dois ou mais commits;

  • A diferença entre build e chore pode ser um tanto quanto sutil e pode gerar confusão, por isso devemos ficar atentos quanto ao tipo correto. No caso do Node.js por exemplo, podemos pensar que quando há uma adição/alteração de certa dependência de desenvolvimento presente em devDependencies, utilizamos o chore. Já para alterações/adições de dependências comuns aos projeto, e que haja impacto direto e real sobre o sistema, utilizamos o build.


Scope: contextualizando o commit

Nesse ponto — e seguindo as convenções passadas — conseguimos entender o tipo de alteração que foi realizada no commit (commit type) e entender com clareza o que o commit irá trazer se aplicado (commit subject).

Mesmo o scope não sendo obrigatório, ele pode ser utilizado para contextualizar o commit e trazer menos responsabilidade para a subject, fazendo com que ele seja mais breve e conciso possível. Lembrando que o scope deve ser inserido no commit entre parênteses.

Commit Scope use

Observação: Os escopos devem ser separados com /

Conclusão

Escrevi este artigo no intuito de registrar um dos meus aprendizado meu (eram só umas notas no notion), mas espero que possa ajudar outros desenvolvedores por ai.

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